WHATSAP

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

BUSCA

Busco o efêmero da vida em tua vida
No fugaz momento no ato do amor vulgar
O artista e o mundo despindo-se do pudor
Retratando a natureza morta que está em ti.

Quero deixar-te sem antes te encontrar na vida
Rodear o mundo sem precisar partir ainda
Cair na tentação do infinito poder das emoções
Explorar teu espírito, tua alma, em vagas reações.

Trago para o presente, antigas emoções do passado.
Tatuagens tangentes a um mundo ilusório
Onde aprendi a desejar o fruto do pecado
Na certeza de ter você sempre ao meu lado.




APENAS NÓS

Nos meus seios te aconchego
Sacio-te a fome, tiras minha seiva
Transforma-me em fogo vivo
Explode-me em desejos ardentes.

Uma paixão lascívia invade meu corpo
Seus carinhos me fazem arder
O fulgor de nossos corpos traduz
A excitação nessa hora de tanto prazer.

Na intimidade que nossas almas adormecem
Somos dois grávidos parindo estrelas
Somos mariposas em busca de luzes
Amantes eternos, em busca do etéreo.

Ofereço-te o néctar, meu doce mel
Prova, lambe, mordisca, come,
Podes vir, é tudo seu nesse momento
Estarei aqui até o dia amanhecer.

À noite, a lua, as estrelas
São companheiras, nos esconde,
Nos mostra a dura realidade
Que não estamos em nossas camas.


QUERIA TER


Queria ter a vaidade dos anjos
A loucura dos cientistas
A nobreza dos reis
A inquietude dos amantes.

Queria ter a virtude da virgem
A clareza da luz
A imaginação da criança
Os sonhos do poeta.

Queria ter a velocidade do vento
A pigmentação do oceano
O brilho das estrelas
A cumplicidade da lua.

Queria ter as marcas do passado
As surpresas do futuro
A dignidade das mães
A dureza dos diamantes.

Queria ter você sempre ao meu lado
A certeza de um amor certo
A regalia de nunca te perder
A esperteza de sempre te ter. 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

PRETÉRITO AMOR


O que ficou para trás hoje caiu no esquecimento
Já não me recordo de tantos momentos perdidos
Vivo hoje de lembranças vagas do nosso amor
Que um dia prometeu, mas, o destinou travou.

Macerou com sonhos e ilusões nossas máscaras
Definiu nosso amor como “Impossível ficou”
A tentação de voltar não tornou ao pensar
Apenas mostrou o tanto que deixamos de nos amar!

Amor findo, amor retraído, amor incontido.
Quanto amor! Mas também muito torpor
Covardia é o que eu diria que houve um dia
De não ter a certeza que nos pertenceríamos.

Ah! Amor covarde, tanta maldade, tanta deslealdade.
Caísse no marasmo do cotidiano sem liberdade,
Mostrasse que a vida é como a maré cheia
Que um dia se esvazia e deixa a nostalgia!

Su Angelote