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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

D O R

A dor devora a vida ingrata que acostumamos ter Coitados de nós que nos matamos por uma paixão A razão é uma aliada? Ou sonhar ainda é possível? Melhor tomar uma porrada e cai na besteirada. Um pontapé no coração merecidamente levei A dor de amar o errado não me deixou raciocinar Perecer, padecer, reconhecer e não apodrecer No emaranhado do destino não mais vou viver. Dor maluca que complica minha vida sensata Minúscula me sinto diante de não ser amada Corro contra a vida esmaecida, desmentida Trago no peito o retrato de uma paixão corrosiva. Melhor é gritar e negar que te amo com desespero E que a despedida é melhor para um amor disperso Mas meu coração descompassado te implora Nessa vida, ter você, é o que mais quero. Coração bandido que se enlaça e não amordaça Os gritos de apelo que o corpo transmite inconsciente Corre, não te rendas ao destino, não te abandonas Amar, ainda é fazer das chagas, cicatrizes! Su Angelote 17/11/08 16:58hs

2 comentários:

  1. Amor e dor, ainda que rimem, sempre brigam, deixando os seres humanos em pedaços...
    Saramago diz que não há o Bem e o Mal, que um é tão somente a ausencia do outro, acredito que podemos aplicar ao amor e a dor, o amor é o que há quando a dor ainda não chegou e a dor é o que sobra quando o amor se vai...

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  2. É poeta. Não conheço um amante sem cicatrizes, nem uma dor sem remédio. No entanto entendo, onde há dor, há lágrimas, sem lágrimas não há poesia, sem poesia, o amor apaga. Complicado a vida do poeta.

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