PREFÁCIO Tudo começou no ano de 1948 quando duas criaturas lindas resolveram juntar seus panos de bunda e morarem juntos. Maria José Braga (dona Zezé), garota do interior, 20 anos, tinha se casado aos 16, desse casamento teve 2 filhos, Paulo e Carlos Alberto, se separou com uma barriga de 3 meses, quando conheceu Luiz Rodrigues Alvarêz (Lego, Galego, Rodrigues), 27 anos e mais um monte de apelidos. Minha mãe, pele branca e lisinha de uma menina, contrastava com seus olhos pretos e cabelos compridos ondulados da cor de ébano. Meu pai, galego, olhos azuis, cabelos loiros, parecia um galã de cinema. Minha mãe de descendência portuguesa, meu pai, filho de espanhol. Conheceram-se numa padaria no bairro de Casa Amarela, aonde ela ia todas as tardes comprar pão. Fogoso, vendo uma bela menina dando bola para ele, pois Zezé não podia ver o galego que abria um sorriso paquerador. Rodrigues, maroto, devolvia o sorriso não cobrando o pão. Ele ficou tão apaixonado que não vira que aquela bela moça tinha uma barriga que carregava do casamento desfeito. Amor à primeira vista, dona Zezé de bucho de seu primeiro casamento, Rodrigues não percebeu, então vejam bem ai o “amor à primeira vista”. Infelizmente a gravidez não vingou. Meu pai, claro, sempre muito safado, conseguiu nesses anos todos, me dá 11 irmãos, e a vida, nos deu uma irmã de coração, que foi criada com muito carinho, onde aqui apenas citarei os nomes, pois esse livro é dedicado exclusivamente as “almas da minha vida”, que são os meus sobrinhos e meus filhos. Como foram esses 11 irmãos? Filho de espanhol, doidinho por mulher, não se conteve apenas em ficar com dona Zezé, arrumou uma namorada, que sabe Deus por cargas d’água, casou-se com ela às escondidas, vindo minha mãe só saber de tudo depois que nasceu o primeiro filho dela. Imaginem a confusão. Duas mulheres, e já 4 filhos, 2 que minha mãe trouxe do primeiro casamento, um com a namorada que ele casou e um da união com minha mãe. Final das contas, essa união com a namorada, trouxe dois filhos, e no final minha mãe teve 9 filhos dele. Ficamos ai em 11 filhos, mais os 2 de minha mãe e minha irmã de coração, ficamos em 14 irmãos. Meu pai sempre foi um bom trabalhador e muito responsável com as despesas da família. Trabalhou em muitos lugares, morou no Rio de janeiro um tempo, é ex-combatente da 2ª guerra mundial, e seu último emprego foi no IAA – Instituto do Açúcar e do Álcool, onde se aposentou, se aposentando depois como tenente do exército. Já nós, todos adultos. Meu pai já há muitos anos divorciado de um casamento nunca realmente concretizado, casa-se na igreja com validade civil com D. Zezé, ganhando os dois, uma linda festa de casamento. Ela com 65 anos e ele com 72 anos. Pois é, foi desses dois amantes da vida, com um relacionamento cheio de pros e contras, idas e vindas, que surgiu nós, almas lindas, que veio para abençoar o mundo e a vida de muitas pessoas. Hoje somos os “ALMARÊZ” Prefácio do próximo livro de Su Angelote
SU ANGELOTE POETANDO COM AS LETRAS De todas as farsas que me transformo prefiro a poetisa Que ama o desconhecido Acata o impossível E nunca teme o inevitável.
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Cavalgando pelo tempo e pela vida Tu buscas a perfeição incontida Tua alma se impacienta, clama És errante, mas não farsante. Em tempos d...
Que bela e singular história, Su. Só mesmo uma pessoa alegre e feliz como você para ter raízes tão intensas...
ResponderExcluirUm beijo, amiga.
Mabel