O convite de Clara para participar de um concurso era tentador e fui realmente com muito prazer, literalmente. Tínhamos muitas coisas afins, porém o prazer, se assim posso dizer estava em conhecer os rapazes que passariam os quatro inusitados dias que minha mente buscava realizar. Cada um deles mais interessantes que o outro, um lugar paradisíaco, tudo tinha um jeito, um cheiro, cada canto, olhares, sorrisos, tudo com uma grande carga de alegria e sensualidade. Porém o melhor estaria por vir.
Seus nomes me pareciam demasiado familiar, porém não era o que mais me incomodava, minha inusitada chamada para um concurso, intitulado "Qual será o seu namorado"? Que sequer sabia ter me inscrito é que me deixava encucada. A natureza e o local eram dignos dos melhores paisagistas que já conheci, porém naquele momento o que me interessava eram os prazeres que aquela oportunidade poderia me proporcionar. Apesar de um dia tranquilo, lá fora a natureza se incumbia de nos deixar dentro do bangalô, quando por instantes resolvi me afastar para ouvir uma boa música sem aquele compromisso social (ouvir música e viajar nas minhas fantasias). Ali deitada, olhos fechados, imaginava cada um daqueles rapazes em seu estado de graça, sua nudez e belezas singulares. Os percebo como poesia, porém quero senti-los como quem atravessa uma maratona de vida ou morte pelo prazer, sentir seu cheiro, músculos e suas chegadas. Só que neste dia os deuses estavam do meu lado. Estava tão absorvida pelos meus pensamentos que não havia percebido a chegada de alguém. Uma doce voz diz “oi “ao meu ouvido e era como uma resposta a tantos desejos já contidos em meus pensamentos, seu sorriso era uma resposta à gentileza daquele cheiroso homem que se aproximara e uma indicação aos deuses que dali em diante deixasse comigo”.
Logo lhe ofereci uma taça de vinho, para quebrar o gelo e para que ele percebesse que ficara excitada com sua presença. Ele aceitou o vinho e trocando olhares, começamos uma prazerosa conversa. Em determinado momento, ele perguntou:
-Por onde andará os outros casais? Engraçado né? Parece que eles planejam tudo para não nos encontrarmos com os outros.
Ele nada respondo apenas olhou em seus olhos... O vinho entrando em meu sangue... Percebi que é hora de nos tocarmos. Em silêncio e como uma gata, sento-me no chão e puxo-o para junto de mim... O perfume de seus cabelos me inebriou... Passei os dedos por eles... Sinti que ele recostou ainda mais a cabeça em minhas mãos...
-Gosta? Perguntei-lhe
-Sim, muito gostoso...
Aike (esse é o nome dele) deixou a taça de vinho do seu lado e deitou o meu corpo no chão, fechei os olhos lentamente. Foi como se uma porta se abrisse no meu intimo e desse entrada para meu mundo de prazer. Eu vestia uma saia que possibilitava que ele deslizasse as mãos pelas minhas pernas... Pelas minhas coxas... Era grande a excitação do momento, meu sangue fervia. Aquele homem, seu cheiro, todo aquele lugar, meu sexo pulsava por dentro da minha calcinha, naquele momento, já impossível de se passar despercebido, fui me aninhando pelo seu corpo, minhas mãos passeando pelo seu abdômen lentamente até alcançar sua virilha. Ele me olhou nos olhos, pronto para receber um delicioso beijo... Senti sua respiração... E seus lábios se uniram aos meus, num beijo quente, com gosto de vinho, nossas línguas eram serpentes entrelaçadas, num lindo balé de cobras e nossas salivas deliciosamente se misturando... Aike segura com firmeza meu corpo, desabotoando meu sutiã, sente a pele fina de meus seios, cheia de desejos tiro sua camisa e abro sua calça, seu sexo pulsando, nossos perfumes, nossos cheiros tomam conta do lugar... Ainda de calcinha, sugo-o devorando seu líquido, ele me tomou em seus braços beijando completamente meu corpo, lábios quentes, língua ávida. Como um prenuncio do que tinha que acontecer, o bangalô ficou sem energia, nos desfazemos do resto de nossas roupas, nus, deitados sobre o tapete, deitei-me de decúbito dorsal (rsrsrsrs), ou seja, pronta para ser cavalgada. Sob a pouca luz que vinha da lua, nossos corpos brilhavam incandescentes de desejos, fomos aos poucos, explorando, tocando, na escuridão todos os gatos são pardos, porém cheios de desejos éramos como cúmplices de um delicioso pecado.Senti o calor do seu sexo nas paredes vaginais, ele me deixava em êxtase e seu vulto me cavalgando sublimava qualquer expectativa daquela noite. Com maestria tentava reger nossa sinfonia de corpos, como se isso fosse possível. Aike me cavalgava com muito desejo, e era tudo que eu esperava daquele homem, desejo, um toque irresistível de masculinidade e delicadeza por vezes. Aike diz coisas gostosas de ouvir quando faz amor. Posso lembrar:
Vem minha loba, vem... Transforma-me em teu felino...
Era uma delicia vê ele me cavalgando e estimulando seu desejo, nosso desejo. Gozamos simultaneamente sentindo nossos sucos misturando. Com calma fui aplacando nossa fúria após os múltiplos gozos, que quero acreditar que seja o primeiro de muitos nesta estadia... (risos)
Separamo-nos naquela noite extasiados.
Engraçado... Observar um casal se curtindo, dá uma excitação! Foi o que aconteceu comigo... Estava na sala quietinha, só observando os sussurros de um casal na varanda do bangalô, quando comecei a olhar para Aike no canto da sala com outros olhos... Vi que ele também observava o casal pela janela... E sorrateiramente, cheguei bem junto dele por trás e enlacei seu peito. Senti que ele estremeceu. Trocamos algumas palavras, mas minhas mãos teimavam em entrar mais pela camisa dele, o senti se arrepiando e se voltou para mim, procurando meus lábios. Beijou-me num beijo gostoso, molhado, cheio de excitação, desceu a boca pelo meu pescoço, e já abrindo minha blusa... Soltei-me em seus braços, onde ele me suspendeu e me levou para seu quarto. Deitei-me já seminua, enquanto ele tirava a camisa e ficava apenas de sunga... Deitou-se ao meu lado, e começou a beijar meu corpo...Desceu a boca pelos meus seios, mordiscando meus mamilos, meu corpo se deleitava com carinhos, era gostoso sentir aquele homem me alisando, me lambendo... Soltei uns gemidos e mudei a posição, ele deitou-se de costas e comecei a acariciar seu peito, sua barriga, seu sexo já estava bastante excitado, maravilhosamente excitado e molhado... Minha boca procurou satisfazer meus desejos, e num vai e vem, lhe fazendo soltar uns gemidos que me deixavam mais ainda excitada. Então ele me virou, me deixou de quatro, e foi penetrando, primeiro devagar e depois foi aumentando os movimentos, minha libido aumentava, eu queria mais e mais, mudamos de posição várias vezes e ele, ainda mais excitado, me dava prazer com muito furor e excitação; eu sussurrava em seu ouvido que estava adorando, que ele era um homem espetacular... Não suportando mais tanto delírio, caímos num orgasmo delicioso...
Mais uma vez nos separamos.
Não recebemos regras para o concurso... Apenas dizia: Arrume um namorado. Nada melhor que num lugar encantador você encontrar um amor de homem como o Aike. No dia seguinte, no café da manhã (era o único momento que todos se encontravam), nos olhamos com olhares suspeitos e traiçoeiros... o meu olhar dizia:
"- Ah! ...seu safadinho! Vamos repetir a dose, vamos? Estava gostoso demais".
-Oi, Querida, não te vi entrar..."- Espero que ele tenha entendido". Pensei
Acreditem ou não acho que sempre quis e muito este momento... O momento que começou quando ao me dirigir para a janela para ver a chuva que caía nesta terceira noite, me apercebi de dois vultos enroscados num momento de amor... Podia ouvir os gemidos que vinham do lado de fora, olhei para a sala para ver quem faltava, sabia que alguns se tinham recolhido para os quartos e na sala ficara alguém que eu não reconhecia, os gemidos eram cada vez mais audíveis e percebia-se que estavam a transar sem problemas de serem vistos, acho até que essa sensação de perigo os fez ganhar mais pico... Voltei a olhar para a sala e Aike estava sentado de frente para a janela com um olhar de fazer qualquer mulher desejar descobrir o que estaria ele pensando.
- Que estás vendo tão atento? ...Perguntei
- Nada, apenas a chuva a cair! ...Mas o barulho que vinha da rua era bem perceptível e eu falei...
- Hummmm... Parece que esses dois resolveram curtirem a chuva...
- É parece que sim...
Cheguei-me para perto dele e ele enlaçou minha cintura, me beijando a nuca. Aike era carinhoso e sabia roçar sua boca no meu rosto, como um homem apaixonado.
Aconcheguei-me a ele colando meu corpo no seu, minha mão que estava no seu peito quieta a pouco, passeava agora ao encontro do interior da camisa... Sem sequer um único olhar, toquei-lhe a perna e minha vontade começava ali a se transformar numa realidade bem palpável... Aike não disse nada ao toque que cada vez mais era arrojado e atrevido, voltei-me para ele e beijei-lhe a boca enquanto sentia suas mãos a passear em minhas costas me causando um arrepio delicioso... Fui subindo as minhas mãos e abri o zíper de sua calça, ele me pegou no colo e me levou para o quarto que era o meu, deitou-me na cama e pude observar toda a beleza daquele homem deslumbrante que estava na minha frente mais uma vez, seminu... Despiu a camisa e as calças ficando apenas de sunga... Deitou-se junto de mim e me beijou como nunca havia beijado, passei minha língua em seu pescoço e fui descendo ao mesmo tempo em que ele abria os botões de minha blusa azul bebê. Por baixo nada... Não tinha sutiã, Aike ficou maravilhado com a beleza dos meus seios fartos que enchiam suas mãos. Num gemido lhe pedi que me beijasse os seios... Ele os beijava com um misto de ternura e prazer... Nesta altura já a minha mão estava bem dentro da sua sunga tomando contato com seu sexo que estava capaz de explodir de tanta vontade de estar dentro de mim, era tudo um sonho. Eu estremecia e o beijava na nuca enquanto lhe dizia baixinho ao ouvido o quanto já havia sonhado por aquele momento, fomos rolando na cama até que não deu mais e aconteceu... Novamente... E tivemos um orgasmo maravilhoso...
Quando terminamos, abraçamo-nos e acabamos dormindo bem agarradinhos...
No dia seguinte à mesa do café da manhã, nem uma palavra entre nós e o mesmo acontecia entre os outros casais. Apenas a troca de uns olhares safadinhos deixava no ar que a noite passada havia sido memorável...
São 22h. Seria nossa última noite.
Fazia frio no bangalô, naquela ilha distante. O tempo anunciava que teríamos tempestade. Todos estavam calados, só escutávamos o som dos galhos de árvore na vidraça das janelas, e uma suave música que alguém escutava em um Aiwa portátil... Olhei pros lados, e senti a falta de alguém. Um dos amantes participantes dessa jornada. Era o Aike. Senti um calafrio e pensei : "- Aonde ele poderia estar?"
Resolvi procurá-lo. O bangalô não era tão grande e facilmente encontre-o na claraboia que servia de sala de leitura. Cheguei de mansinho... Ele estava deitado no chão, de costas, com as mãos cruzadas atrás do pescoço e com olhos fechados. Pensei: "- Nossa! Ele não sente frio..." Fui me aproximando de mansinho e me sentei no chão ao lado dele:
-Oiiiiii... Falei baixinho em seu ouvido...
Ele abriu os olhos... E sorriu:
-Não sentes frio? Eu estou morrendo de frio...
-Não muito, ele respondeu... Tem chocolate quente naquela térmica, queres um pouco?
Ele falou se levantando e pondo um pouco para mim. Tomei, enquanto falava...
-Está tudo tão calmo por aqui, ninguém pensou em planejar nada para essa noite gelada e eu não gosto de frio...
Sem falar nada... Num gesto de um felino, ele sentou-se no chão e puxou os meus pés para o colo dele. Tirou-me as botas e começou a massagear meus dedos...
"- Hum..." Pensei... " - Gostoso isso!!!"
Ele leu meus pensamentos e falou:
-Tens uns pés lindos... Adoraria beijá-los.
-Sim, muito gostoso... Beije-os.
Soltei o corpo no chão, relaxando... Fechando os olhos... Senti que as mãos de meu felino iam se adentrando pelas minhas pernas... Minhas coxas... Por baixo de minha saia... Gostei disso... relaxei mais... Senti um corpo se colando ao meu e mãos treinadas passeando pelo meu abdômen, alcançando meus seios... Abri os olhos e para minha surpresa o seu rosto quase colava o meu... Senti sua respiração. E seus lábios se uniram aos meus, num beijo quente, com gosto de paixão.
Segurei seu pescoço e aceitei aquele beijo gostoso... Sentindo minha língua se unindo a dele... E nossas salivas deliciosamente se misturando... Meu corpo estremeceu em frenesi... Com mãos ágeis, abriu minha blusa, e senti sua boca descendo até meus seios... Ainda cobertos pelo sutiã de renda vermelho. Meu felino começou a beijá-los ainda vestido e senti um calor gostoso subir pelo meu corpo... Senti suas mãos desabotoando o sutiã e suas mãos sobre eles... Ajudei a descer a saia... E só de calcinha... Sentei-me e comecei a despi-lo tirando sua camisa... E abrindo sua calça. Para aumentar minha libido, seu sexo estava em estado de graça, completamente tesudo e molhado. Ainda de calça... Desci a boca até ele e comecei a lamber seu sexo deliciada com tudo...
Rolamos pelo tapete numa loucura desesperada, sentindo a necessidade de um entrar no outro como se fosse a ultima vez que faríamos aquilo. Iame deixando ser totalmente penetrada, enquanto ele apertava meus seios em suas mãos... De vez em quando, descia meus lábios a sua boca e sugava aquele beijo desesperado.
- Vem meu felino, vem... Transforma-me em tua loba... Tua onça selvagem...
- Sim minha oncinha... Quero você toda para mim, teu gozo, teus beijos... Teu cio... Deixa eu te cavalgar, sentir teu sexo no meu. Quero-te de quatro minha onça... Quero te lamber toda... Saciar-me em teu gozo... Vem...
E nesses diálogos... O gozo dos deuses é proliferado e manifestado... Dando razão para um novo encontro.
Na manhã seguinte, descobri que tudo foi uma armação de minha amiga Clara. Que através dela, o Aike insistiu para me conhecer. Já estava apaixonado por mim, num desses encontros nos bares da vida... Mas queria uma aventura assim, para concretizar esse amor.
E o amor veio... E concretizou e nunca mais nos separamos.
Su Angelote
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