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segunda-feira, 24 de maio de 2010

CAMA ALHEIA


Tenho o dia inteiro para viver o desconhecido
Viver as aflições da culpa de tudo que não vivi.
Já não me deito nas camas alheias
Mas me torturo pelo bem que elas me fizeram.

Santidade profana minha alma grita:
Quem és tu mulher perdida?
Uma feiticeira? Uma bandoleira?
Ou será apenas um espírito maldito
Que nunca passou pelo mundo perdido?

Camas alheias mal vividas
Ainda quentes, esperam o meu corpo
Vidas passadas que não me traíram
Mas que me atormentam com suas verdades.

Quero arrepender-me do que fiz
Mas o que foi que eu fiz?
Trai-te? Coibi-me? Aperfeiçoei-me?
Não sei mais o que passa em minha mente.

Só sinto o corpo pesado da idade fluente
De um passado dormente, triste, sem vida
O que procuras em mim já não existe
Apenas tu acreditas na utopia ríspida

Já não me deito em camas alheias
Com cheiro de suor, sexo e vergonha
Já não me deito na tua cama
Com seus pecados, promessas e mentiras.
 







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